Miso Soup, ou porque o Japão deveria ter maior controle de imigração
Às vezes um autor nos consegue fazer conhecer um bairro, uma cidade ou uma paisagem tão nitidamente que parece que já estivemos lá. Os mais interessantes (na minha opinião) são aqueles que fazem isso transformando a paisagem em um personagem da sua história, em vez de perder-se em longas (longuíssimas) descrições. O cenário torna-se tão vivo e importante quanto o protagonista, tão cruel quanto um vilão.
Miso Soup, de Ryu Murakami, é um desses casos. O distrito de Kabuki-cho, em Toquio, o "bairro da luz vermelha" local, é um personagem tão vivo e interessante quanto Frank, o turista americano que contrata o guia de turismo "noturno" Kenji para conhecer todos os seus becos.
O livro conta como Kenji passa os três últimos dias do ano de 1996 com seu cliente um tanto estranho. Frank tem uma pele de aspecto plástico, conta histórias contraditórias sobre sua vida e parece ter um estranho interesse em Jun, namorada de Kenji. Ele paga bem, no entanto perder o dinheiro não é o único receio de Kenji em continuar seu trabalho. Kenji pode apenas estar sendo paranóico, devido às notícias que leu no jornal sobre uma adolescente que realizava "encontros remunerados" e que foi encontrada esquartejada apenas um dia antes.
Primeiro devo dizer que o livro não foi o que eu esperava. Não estou dizendo que foi um livro ruim, mas que não esperava uma história de suspense tétrico existencialista. Deixei-me levar pelo sobrenome do autor (Murakami, o mesmo de Norwegian Wood) e pela capa que, na versão da Companhia das Letras, parece bastante com a capa do outro. Enfim, mereci por não ter lido com atenção a sinopse. Mas foi um livro extremamente divertido de ler, e me prendeu a ponto de ter terminado a leitura em apenas 1 dia (embora agora pareçam mais).
O próximo post será sobre a sátira "Como me tornei estúpido", de Martin Page. Já terminei de ler, vou só procurar algumas citações interessantes. Mas acabei de descobrir que um dos autores preferidos do tal Martin é justamente o Haruki Murakami.
Miso Soup, de Ryu Murakami, é um desses casos. O distrito de Kabuki-cho, em Toquio, o "bairro da luz vermelha" local, é um personagem tão vivo e interessante quanto Frank, o turista americano que contrata o guia de turismo "noturno" Kenji para conhecer todos os seus becos.
O livro conta como Kenji passa os três últimos dias do ano de 1996 com seu cliente um tanto estranho. Frank tem uma pele de aspecto plástico, conta histórias contraditórias sobre sua vida e parece ter um estranho interesse em Jun, namorada de Kenji. Ele paga bem, no entanto perder o dinheiro não é o único receio de Kenji em continuar seu trabalho. Kenji pode apenas estar sendo paranóico, devido às notícias que leu no jornal sobre uma adolescente que realizava "encontros remunerados" e que foi encontrada esquartejada apenas um dia antes.
Primeiro devo dizer que o livro não foi o que eu esperava. Não estou dizendo que foi um livro ruim, mas que não esperava uma história de suspense tétrico existencialista. Deixei-me levar pelo sobrenome do autor (Murakami, o mesmo de Norwegian Wood) e pela capa que, na versão da Companhia das Letras, parece bastante com a capa do outro. Enfim, mereci por não ter lido com atenção a sinopse. Mas foi um livro extremamente divertido de ler, e me prendeu a ponto de ter terminado a leitura em apenas 1 dia (embora agora pareçam mais).
O próximo post será sobre a sátira "Como me tornei estúpido", de Martin Page. Já terminei de ler, vou só procurar algumas citações interessantes. Mas acabei de descobrir que um dos autores preferidos do tal Martin é justamente o Haruki Murakami.